Luiz Felipe Scolari, 64, é o preferido da cúpula da CBF para assumir o cargo de treinador da seleção brasileira, em substituição a Mano Menezes, demitido nesta sexta-feira.
Ele hoje é consultor do Ministério do Esporte. Sua agenda para as próximas semanas incluem visitar a família no Rio Grande do Sul, dar palestras pelo país, participar do jogo festivo de Ronaldo e Zidane em Porto Alegre.
Campeão mundial em 2002 (havia assumido menos de um ano antes) Scolari está fora do futebol desde que saiu do Palmeiras, em setembro.
Tite não quis dar entrevista coletiva ontem, como costuma fazer às sextas-feiras. Na beira de um dos campos de treino do Corinthians, limitou-se a comentar: "Que papai do céu me ilumine".
José Maria Marin será chefe da delegação do Corinthians no Mundial de Clubes.
Numa reunião na quarta- -feira, portanto dois dias antes de a demissão de Mano ser anunciada, um diretor da CBF sugeriu a Marin o nome de Pep Guardiola, ex-técnico do Barcelona, hoje desfrutando de um ano sabático.
A reação de Marin foi incisiva. Não cogita a ideia de ter um técnico estrangeiro no banco da seleção brasileira numa Copa do Mundo a ser disputada no Brasil.
Scolari sempre foi a primeira opção de Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, vice da CBF, braço direito e homem com mais influência sobre José Maria Marin.
O presidente da entidade nunca bancou de forma clara a permanência de Mano até 2014.
Na noite da última quarta-feira, quando o Brasil bateu a Argentina nos pênaltis e conquistou o Superclássico das Américas, Marin protagonizou uma cena simbólica.
O placar mostrava 1 a 1, ainda havia dez minutos de partida por disputar, e o dirigente foi embora do estádio La Bombonera. Pegou um jatinho e voou para o Brasil. Não ficou para ver o primeiro título (ainda que simbólico) de sua gestão. A atitude surpreendeu jogadores e comissão técnica --era um claro sinal de desprestígio.
A atitude contrastou com o que se viu após a derrota na Olimpíada, quando Marin entrou no vestiário para fazer discurso de apoio ao técnico.
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