quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PF vai abrir inquérito contra Ricardo Teixeira esta semana
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no Rio, em julho de 2011
Até o final da semana a Polícia Federal vai instaurar inquérito para investigar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, por suspeita de remessa ilegal de dinheiro ao Brasil e lavagem de dinheiro, informou a PF nesta terça-feira.
A abertura de inquérito foi pedida à PF no final de setembro pelo procurador do Ministério Público Federal do Rio Marcelo Freire. A investigação será feita pela Delegacia de Combate a Crimes Financeiros, mas ainda não foi designado o delegado que ficará encarregado do caso.
Teixeira poderá ser chamado à PF para prestar esclarecimentos. Ao fim das investigações, o inquérito volta ao Ministério Público Federal, que decidirá se apresentará ou não denúncia contra Teixeira à Justiça. O prazo de conclusão de um inquérito é de 30 dias, mas pode ser prorrogado.
A investigação vai se concentrar em denúncias feitas pela emissora britânica BBC de que Teixeira, junto com outros dois integrantes do comitê executivo da Fifa, supostamente receberam propina da ex-parceira de marketing da Fifa ISL nos anos 1990. A ISL faliu em 2001.
Andrés Cristaldo-2.fev.06/Efe
O presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em fevereiro de 2006
O presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em fevereiro de 2006
Segundo a BBC, foram feitos 175 pagamentos secretos pela ISL em 1989 e 1999. O Ministério Público Federal pede que a polícia investigue se parte desse dinheiro entrou no Brasil de forma ilegal através de empresas com sede em paraísos fiscais, que seriam controladas por Teixeira.

OUTRO LADO
Teixeira nega as acusações. A Fifa afirmou que investigação realizada na Suiça em 2008 sobre a falência da ISL não encontrou indícios de participação de Teixeira e de dois outros dois integrantes de seu comitê executivo acusados de receberem suborno --Nicolás Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, e Issa Hayatou, chefe da Confederação Africana de Futebol-- em qualquer crime.

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