No Guarani, sócios pedem assembleia para derrubar presidente
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Através de um abaixo-assinado encabeçado por um grupo de sócios do Guarani, o clube de Campinas deve realizar até o dia 10 de novembro uma assembleia extraordinária para decidir sobre a manutenção ou pela saída do presidente Leonel Almeida Martins de Oliveira, no cargo desde 2006.
Um edital, acompanhado do documento com 207 assinaturas de sócios patrimoniais, foi protocolado no início da semana. Nesta quinta, venceu o prazo dado à diretoria para analisar os nomes que aderiram ao movimento.
A expectativa dos líderes do grupo Garra Guarani, que deu início ao abaixo-assinado, é que a convocação seja publicada nos próximos dias em jornais de Campinas e que a assembleia seja realizada no dia 10 de novembro.
Leonel é acusado de má gestão e de infringir o estatuto do clube. O dirigente não foi encontrado pela Folha para comentar o caso. A assessoria do Guarani confirmou que o edital foi protocolado.
O Guarani é o 12º colocado na Série B, ainda ameaçado pelo rebaixamento. A equipe não recebe salários há quatro meses.
Os campineiros enfrentam uma longa crise financeira. A dívida é calculada em cerca de R$ 120 milhões. Há anos a diretoria defende que a única forma de livrar o clube da atual situação é a venda do estádio Brinco de Ouro. O processo, porém, nunca foi concluído.
As receitas também devem sofrer uma queda a partir de 2012. Membro do Clube dos 13, o Guarani ainda não chegou a um acordo com a TV Globo sobre os direitos de transmissão.
Neste ano, ainda sob o contrato firmado pelo Clube dos 13, e mesmo na Série B, o time de Campinas recebeu cerca de R$ 6 milhões como cota de TV. Na próxima temporada, clubes da Série A que faziam parte do mesmo grupo de divisão do dinheiro, como o Atlético-PR, receberão R$ 34 milhões.
Sem um novo acordo, o Guarani deve receber menos de R$ 2 milhões pelos direitos em 2012.
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