BRASIL VOLTA A SOFRER COM "TRAUMA" E FICA COM A PRATA NO FUTEBOL
O "trauma" dos gols sofridos no final novamente atingiu a Seleção Brasileira feminina de futebol. Depois de cair na Copa do Mundo da modalidade no meio do ano de forma melancólica, a equipe comandada por Kleiton Lima perdeu novamente nos pênaltis e ficou apenas com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. Na noite desta quinta-feira, no Estádio Omnilife, o time sofreu o empate por 1 a 1 contra o Canadá no final do jogo, e novamente caiu nos pênaltis por 4 a 3, em cenário semelhante ao encontrado no Mundial, contra os Estados Unidos.
Diante da principal adversária até o momento nos Jogos Pan-Americanos, a Seleção Brasileira iniciou a partida pressionando. A postura agressiva deu resultado para equipe nacional, que conseguiu vencer a defesa rival logo aos 3min. Debinha recebeu na intermediária e arrancou sem ser incomodada pela marcação. Na entrada da área, a meia-atacante acertou um lindo chute no ângulo para abrir o marcador.
A vantagem permitiu ao Brasil explorar a velocidade de Debinha e Thaisinha no setor ofensivo. No entanto, a equipe não explorou tal diferença. Durante a primeira etapa, o time comandado por Kleiton Lima preferiu cadenciar o jogo e segurar a diferença no marcador. Por outro lado, o Canadá, paciente, não modificou a postura de levantar bolas para a área nacional, explorando apenas em ocasiões esporádicas as falhas de posicionamento da defesa brasileira.
Os pequenos sustos desapareceram no segundo tempo. Mesmo com a vantagem no marcador, o Brasil controlou o setor de meio-campo e criou diversas oportunidades para ampliar. Aos 21min, Maurine recebeu ótimo passe pela direita, invadiu a área e chutou forte para defesa de Le Blanc. Aos 40min, Debinha arrematou em cima da goleira rival e, no rebote, perdeu uma clara oportunidade de matar o confronto.
O excesso de oportunidades desperdiçadas custou caro ao time. Aos 42min, depois de cobrança de escanteio, Bárbara saiu do gol e foi antecipada por Sinclair, que desviou de cabeça e igualou o marcador. Tento que surpreendeu o time brasileiro e o abateu. Até o final do jogo, o Canadá desperdiçou mais duas chances.
Depois de 90 minutos de partida, as duas equipes não esconderam o cansaço durante a prorrogação. Apostando em longos lançamentos, o Brasil não conseguiu recuperar o domínio administrado durante a segunda etapa.
Em contrapartida, o Canadá, após pressionar no fim do tempo regulamentar, dominou a prorrogação e criou a oportunidade para definir o confronto aos 5min do segundo tempo. Em contra-ataque rápido, a capitã e destaque Sinclair recebeu ótimo passe e invadiu a área completamente livre. Entretanto, a camisa 12 não conseguiu finalizar com precisão e viu Bárbara salvar o time verde-amarelo.
Na disputa por pênaltis, o Brasil foi muito mal. Apesar do posicionamento falho da goleira canadense, que tomava a atitude de escolher o canto de forma antecipada e sem saltar, Grazielle e Debinha erraram. Por outro lado, o Canadá desperdiçou apenas com Chapman, que acertou a trave, e comemorou um ouro até então improvável durante a partida.