quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Polícia investiga morte de cadeirante na São Silvestre como homicídio culposo



A morte do cadeirante Israel Cruz Jackson de Barros, 41, durante a corrida de São Silvestre, no último dia 31, em São Paulo, será investigada como homicídio culposo (sem intenção de matar) pela polícia.

A intenção é apurar para saber se houve e de quem seria a responsabilidade pelo acidente, segundo o delegado Rodrigo Celso Alasmar.

Ainda conforme o delegado, a perícia é quem vai determinar se houve, por exemplo, falha na escolha do trajeto ou mesmo na cadeira usada por Barros. Mas há ainda outras possibilidades levantadas pela polícia.

A cadeira usada por Barros já passou por perícia. Alasmar afirmou que um policial militar é testemunha no caso.

O resultado da perícia deve sair entre 30 e 40 dias.

Barros saiu às 6h50 com outros sete cadeirantes na largada especial para portadores de deficiência. Às 7h, segundo o boletim de ocorrência da polícia, ele se chocou contra o muro do estádio ao descer a rua Itajobi, continuação da rua Major Natanael.

Às 7h35, deu entrada na Santa Casa; morreu às 8h50, dez minutos antes da largada principal. O diretor técnico definiu o caso como uma "fatalidade inexplicável".
 Vista da rua Major Natanael, onde cadeirante morreu durante a prova da São Silvestre 2012
Vista da rua Major Natanael, onde cadeirante morreu durante a prova da São Silvestre 2012

 
OUTRO LADO

A organização da São Silvestre comunicou, em nota, que aguardará o resultado do laudo do IML e da perícia técnica para comentar o caso.

"O Comitê Organizador da 88ª Corrida Internacional de São Silvestre 2012 esclarece que o corpo do atleta Israel Barros, falecido na última segunda-feira, após acidente na prova, seguiu na manhã desta quarta-feira, dia 2 de Janeiro, às 11h05, para a cidade de Belém (PA), pelo vôo 1872 da Gol.

A Organização deu todo o suporte necessário para os trâmites legais e liberação do corpo, custeando inclusive o traslado. Todos os procedimentos foram acompanhados por um representante do Comitê Organizador e da ADD, mantendo contato direto com o patrocinador do atleta e representante da família em Belém. Os custos totais, inclusive em Belém, também serão pagos pelo Comitê Organizador da prova.

Agora, o próximo passo é aguardar a conclusão do laudo do IML e da perícia técnica para novo posicionamento sobre a fatalidade.

Para a próxima edição, como tradicionalmente acontece, o Comitê Organizador se reunirá na segunda quinzena de fevereiro para uma avaliação técnica e preparação dos critérios de participação e organização geral, tratando das necessidades e eventuais ajustes necessários."

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