A morte do cadeirante Israel Cruz
Jackson de Barros, 41, durante a corrida de São Silvestre, no último dia 31, em
São Paulo, será investigada como homicídio culposo (sem intenção de matar) pela
polícia.
A intenção é apurar para saber se
houve e de quem seria a responsabilidade pelo acidente, segundo o delegado
Rodrigo Celso Alasmar.
Ainda conforme o delegado, a
perícia é quem vai determinar se houve, por exemplo, falha na escolha do
trajeto ou mesmo na cadeira usada por Barros. Mas há ainda outras
possibilidades levantadas pela polícia.
A cadeira usada por Barros já
passou por perícia. Alasmar afirmou que um policial militar é testemunha no
caso.
O resultado da perícia deve sair
entre 30 e 40 dias.
Barros saiu às 6h50 com outros
sete cadeirantes na largada especial para portadores de deficiência. Às 7h,
segundo o boletim de ocorrência da polícia, ele se chocou contra o muro do
estádio ao descer a rua Itajobi, continuação da rua Major Natanael.
Às 7h35, deu entrada na Santa
Casa; morreu às 8h50, dez minutos antes da largada principal. O diretor técnico
definiu o caso como uma "fatalidade inexplicável".
Vista da rua Major Natanael, onde cadeirante morreu durante a prova da São Silvestre 2012
OUTRO LADO
A organização da São Silvestre
comunicou, em nota, que aguardará o resultado do laudo do IML e da perícia
técnica para comentar o caso.
"O Comitê Organizador da 88ª
Corrida Internacional de São Silvestre 2012 esclarece que o corpo do atleta
Israel Barros, falecido na última segunda-feira, após acidente na prova, seguiu
na manhã desta quarta-feira, dia 2 de Janeiro, às 11h05, para a cidade de Belém
(PA), pelo vôo 1872 da Gol.
A Organização deu todo o suporte
necessário para os trâmites legais e liberação do corpo, custeando inclusive o
traslado. Todos os procedimentos foram acompanhados por um representante do
Comitê Organizador e da ADD, mantendo contato direto com o patrocinador do
atleta e representante da família em Belém. Os custos totais, inclusive em
Belém, também serão pagos pelo Comitê Organizador da prova.
Agora, o próximo passo é aguardar
a conclusão do laudo do IML e da perícia técnica para novo posicionamento sobre
a fatalidade.
Para a próxima edição, como
tradicionalmente acontece, o Comitê Organizador se reunirá na segunda quinzena
de fevereiro para uma avaliação técnica e preparação dos critérios de
participação e organização geral, tratando das necessidades e eventuais ajustes
necessários."
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