Fluminense e Flamengo querem muito. Eis um problema. Os rivais querem a mesma coisa, mas há apenas uma vaga na decisão da Taça Rio. Para os tricolores, é a ponte para manter-se na caminhada rumo ao título do Campeonato Carioca. Só que é nela que os rubro-negros, campeões da Taça Guanabara, enxergam o atalho para chegar ao troféu sem precisar de duas partidas finais. Neste domingo, a dupla joga no Engenhão, às 16h (Brasília), e definem quem vai ser o adversário do Vasco no dia 1º de maio.
Não faz muito tempo desde o último Fla-Flu. Há pouco mais de um mês, os times se enfrentaram em momentos bem diferentes. Laranjeiras em ebulição: na véspera do clássico, o presidente Peter Siemsen anunciou a demissão do então vice de futebol Alcides Antunes com a justificativa de que era necessário "antecipar a mudança política do futebol". Siemsen ainda assegurou que Muricy Ramalho, que criticara publicamente a estrutura do clube, só deixaria o Flu se quisesse. Ele deixou. No dia seguinte, após o empate sem gols, o treinador (hoje no Santos) anunciou oficialmente seu pedido de demissão. Justificativa: condições carentes de trabalho.
No Ninho do Urubu, o carnaval, muito bem aproveitado pelos jogadores, fora prolongado pelo bom momento. O Rubro-Negro liderava seu grupo na Taça Rio e, apesar de algumas dificuldades, aparentava evolução.
Pois a gangorra se mexeu. A última semana mudou o clima nos dois clubes. O milagreiro Fluminense, quase eliminado na Libertadores, comandado pelo técnico interino Enderson Moreira, conseguiu avançar na disputa continental com uma espetacular vitória sobre o Argentinos Juniors, fora de casa (4 a 2). Na volta ao Rio, recepção calorosa de cerca de mil pessoas no aeroporto.
Pois a gangorra se mexeu. A última semana mudou o clima nos dois clubes. O milagreiro Fluminense, quase eliminado na Libertadores, comandado pelo técnico interino Enderson Moreira, conseguiu avançar na disputa continental com uma espetacular vitória sobre o Argentinos Juniors, fora de casa (4 a 2). Na volta ao Rio, recepção calorosa de cerca de mil pessoas no aeroporto.
- Não posso falar muito sobre a época do Muricy, pois não estava no clube. Mas a melhor sensação que tenho aqui é saber que temos um time que vai até a última gota de suor para buscar uma vitória - disse Enderson Moreira.
O Flamengo continua invicto na temporada (22 jogos), tem lugar garantido na final do Carioca e está nas oitavas de final da Copa do Brasil. E foi justamente a competição nacional que fez os rubro-negros torcerem o nariz. Na última quarta-feira, o time empatou por 1 a 1 com o modesto Horizonte-CE, no jogo de ida, em casa. Ronaldinho teve atuação discreta, a torcida chiou e começou a olhar o craque meio torto. Se ele não pode ser o mesmo dos bons tempos de Barcelona, os torcedores esperam que ele seja no mínimo decisivo.
- Quando ganha, o Flamengo é o melhor do mundo. Quando perde, é o pior. Sempre foi assim e respeitamos as opiniões das pessoas. Mas nenhum clube grande do Rio de Janeiro está melhor do que a gente. Estamos com uma vaga garantida na final, a 180 minutos de um título. Os outros ainda têm 360 minutos pela frente mais os acréscimos se quiserem ser campeões - afirmou Vanderlei Luxemburgo.
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