sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

FLUMINENSE: BIAL LEMBRA TÍTULO DE 1969

Renomado jornalista da TV Globo, Pedro Bial é um torcedor apaixonado pelo Fluminense. Em entrevista concedida ao GLOBOESPORTE, o profissional revelou qual foi a partida que mais marcou a sua vida:

"Com certeza, a final do Carioca de 1969. Foi um jogo com todas as características de um Fla-Flu: encarnecido e duríssimo. Mas tínhamos confiança o tempo todo na vitória do Fluminense. Por mais que o outro time saísse na frente, não ficávamos com medo. Sabíamos que o nosso time ia correr atrás do resultado".

A confiança aumentou ainda mais quando Wilton aproveitou falha do goleiro Dominguez e fez 1 a 0, aos 9 minutos. Liminha empatou para o Flamengo aos 35, em um belo arremate de fora da área, encobrindo Félix. Pouco depois, Cláudio - para muitos, em impedimento - colocou os tricolores novamente à frente. Os rubro-negros reclamaram. Estavam desconfiados. Um ano antes, o mesmo Armando Marques validou um gol de mão de Wilton, que deu a vitória tricolor no Fla-Flu do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, espécie de Campeonato Brasileiro da época.

Quando achou que seu time foi novamente prejudicado, Dominguez correu até o meio do campo para tirar satisfações com Marques e acabou expulso. O bandeirinha daquele jogo, naquele lado do campo, era Valquir Pimentel, que nos anos 80 se tornaria dirigente do Fluminense.

Mesmo com dez jogadores, o Flamengo foi um leão em campo e empatou aos 16 minutos da etapa final, com uma cabeçada de Dionísio. Félix teve que se virar para manter o empate até os 34 minutos, quando Flávio acertou um belo chute no canto esquerdo de Sídnei. Um lance guardado na memória do apresentador do Big Brother Brasil:

"Eu tinha um compacto com o hino do Fluminense de um lado, e, do outro, a narração dos gols do Jorge Curi. Ouvi tantas vezes que até hoje eu sei essa narração de cor. Flávio, o Minuano, era um mulato bonito e namorava a cantora Doris Monteiro. Aquele time também tinha Denílson, o Rei Zulu, como o chamava Nelson Rodrigues.".

Segundo Bial, a alegria perdurou por um longo período:

"Como o título foi conquistado por antecipação, a comemoração no colégio durou uma semana".

Para o jornalista, a equipe que conquistou, na ocasião, o 19º título estadual tem semelhanças com a atual:

"A sensação com aquele time me lembra a de hoje. Por mais que o adversário saísse na frente, não ficávamos com medo. A gente sabia que a nossa equipe ia correr atrás do resultado. Atitude que se refletiu na minha vida, na autoconfiança como torcedor e como gente. Em saber ganhar e perder. Acho que esse espírito de 1969 está sendo recuperado com o time de agora, que pode ser um dos melhores de todos os tempos da história do clube."



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