Cristiano Ronaldo disputa bola com Puyol durante o clássico entre Barcelona e Real Madrid, no último sábado
A crise econômica espanhola chegou ao futebol. Os clubes que não pagarem
suas dívidas com o governo serão proibidos de disputar a primeira e segunda
divisões.
A ameaça foi formalizada ontem, após reunião entre o secretário de
Esporte, Miguel Cardenal, o ministro da Educação, José Ignacio Wert, e o
presidente da Liga Espanhola, Jose Luis Astiazarán.
A dívida dos clubes de primeira
e segunda divisões da Espanha está estimada em € 673 milhões (aproximadamente
R$ 1,67 bilhão).
A partir de 2014, uma
fatia de 35% da receita da TV ficará retida pelo governo e só será liberada
quando os clubes estiverem "com suas obrigações econômicas em dia".
As agremiações terão que
seguir um rígido controle financeiro --quem não cumpri-lo pode ficar fora de
torneios.
O Atlético de Madri, que
hoje tenta conseguir vaga na final da Liga Europa, é o que tem maior dívida com
o Estado: € 155 milhões (cerca de R$ 385 milhões). O que não o impediu de
gastar € 40 milhões (quase R$ 100 milhões) nesta temporada para contratar o
atacante Falcao Garcia.
Cardenal informou que
também será criada uma comissão que estudará as ofertas recebidas pelos clubes
por jogadores sob contrato.
Como direitos econômicos
sobre serão usadas como "garantias tributárias", a comissão vai
recomendar aos clubes que negociar jogadores para amenizar as dívidas.
Tal situação só vai
ocorrer, diz o dirigente, se o jogador concordar com a venda.
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