terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FLUMINENSE: A MAQUINA TRICOLOR

Para que o Fluminense versão 2011 alcance o mesmo status da famosa Máquina Tricolor, como ficou conhecido o time que conquistou o bicampeonato carioca em 1975 e 1976, falta menos do que a torcida imagina. O ataque da equipe de Muricy Ramalho já superou aquele que tinha Rivellino como destaque. O desafio do treinador das Laranjeiras agora é colocar meio de campo e defesa no mesmo nível que o setor ofensivo.
Na frente, os 14 gols nas quatro partidas do Carioca deste ano já deixaram para trás os 12 marcados em 1975 e os quatro no ano seguinte. Para o ex-goleiro Félix, a ofensividade do time atual lembra o estilo de jogo da Máquina Tricolor, da qual fez parte nos primeiros anos. O importante, para o campeão do Mundo com a Seleção em 1970, é não perder a calma caso seja surpreendido.
– Hoje, quando um time tomaum gol, se desespera. Até a imprensa faz isso. Na nossa época, levávamos um gol e dizíamos "vamos colocar a bola no meio e continuaremos a atacar". A tática não mudava – lembrou.
Mais de três décadas depois, os gols sofridos têm preocupado, sim, o técnico Muricy Ramalho. A ponto de, após a partida contra o Cabofriense, o treinador fazer duras críticas ao time. Também pudera. Foram cinco gols sofridos nas últimas três partidas, números que não condizem com o desempenho da defesa tricolor durante o Brasileiro, quando foi a menos vazada da competição.
Nos bastidores, o Fluminense ainda busca reforços para lateral direita e defesa. Enquanto eles não chegam, Muricy tenta acertar o problema com o que possui à disposição. Para o zagueiro André Luiz, o Tricolor ainda precisa encontrar maior equilíbrio para que possa realmente se tornar a Nova Máquina que a torcida espera neste Carioca.
– A quantidade de gols preocupa, sim, e não somente pelo acerto da defesa, como também do próprio esquema tático do time – afirmou o zagueiro, autor de um gol em Macaé e titular contra o Duque de Caxias, quinta-feira, caso Gum não jogue.
COM A PALAVRA: Félix (goleiro do flu entre 1968 e 1976)
Naquela época, tínhamos sim preocupação com a defesa. Mas a prioridade era sempre o ataque. Os jogos tinham oito, dez gols. Um placar como o 6 a 2, contra o Olaria, era normal. Lembro-me de um jogo contra o Corinthians, no qual marcamos o gol da vitória no último lance. Vencemos por 5 a 4. O Fluminense de hoje está assim, ofensivo. Não acredito que a defesa seja motivo de preocupação.

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