Cada um dos clubes perdeu quatro mandos de campo - dois jogos com portões fechados e dois com a presença apenas da torcida visitante. Além disso, o Vasco terá que pagar uma multa de R$ 50 mil, enquanto o Corinthians será obrigado a desembolsar R$ 80 mil. O STJD considerou que os torcedores do Timão iniciaram a confusão.
Quem teve a palavra no início foi o procurador Rafael Vanzin, que pediu a condenação dos dois clubes. Ele ainda solicitou punição ao Vasco em um segundo artigo, já que a equipe carioca era mandante da partida.
"As cenas públicas e notórias protagonizadas por vândalos travestidos de torcedores chocaram. Isso denota a falta de repressão por parte de ambas as equipes. A denúncia foi muito bem embasada", garantiu.
Em seguida, a advogada do Vasco, Luciana Lopes saiu em defesa de ambos os clubes. Ela é filha de Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
"Não estamos vendo a CBF ser denunciada, nem o poder público. Só as duas equipes, que não tem como serem responsabilizadas. A segurança cabe ao poder público. O Vasco tomou todos os cuidados, convocou o policiamento, fez reunião de segurança. Mas não tem poder de polícia", afirmou.
O discurso do advogado do Corinthians, João Zanforlin, seguiu linha parecida, embora ele tenha sido irônico em vários momentos. No início, disse que o caso, por precisar "da aplicação de normas internacionais", merecia uma defesa em inglês.
"Mas não vou fazê-lo, porque o meu inglês está mais para Joel Santana do que para William Shakespeare", explicou.
Por fim, foi realizada a votação dos auditores Francisco de Assis Pessanha Filho, Ricardo Graiche, Roberto Vasconcellos, Gustavo Teixeira e do presidente Fabrício Dazzi: "Esse tipo de infração não pode ocorrer em um estádio que vai receber a Copa, em um país que vai receber a Copa", disse Graiche.
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