Vista aérea do que restou da casa de breno, em Munique; advogado alega doença para conseguir tirar jogador da prisão
O zagueiro brasileiro Breno, 22 anos, ex-São Paulo e
Bayern, foi condenado nesta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão. O
tribunal considerou provado que ele colocou fogo em sua residência em Munique
na noite de 19 de setembro do ano passado e ordenou sua prisão imediata para o
cumprimento da pena.
Na sentença, o juiz considera que o crime foi
premeditado, mesmo pesando o fato dele estar alcoolizado, pois sua família foi
embora pouco antes --a casa estava vazia. A defesa do jogador havia pedido sua
absolvição ou que a pena fosse menor que dois anos, para que ele pudesse
cumpri-la em liberdade vigiada. A promotoria (acusação) tinha pedido cinco
anos.
No final do julgamento, o brasileiro chegou a pedir
clemência. "Quero me desculpar pelo que aconteceu nesta noite, tanto ao
Bayern quanto ao dono da casa, que foi totalmente destruída. Peço desculpas à
minha família e aos meus filhos, para quem não fui um bom exemplo. Sou uma
pessoa que crê em Deus e agradeço a ele por ter protegido minha família".
Breno, que chegou a ficar 13 dias detido após o
incêndio, no ano passado, tem tido acompanhamento psicológico desde então. Na
terça-feira, o psiquiatra Aachen Henning Sass disse que Breno bebia um litro de
uísque por dia na época do incêndio.
O contrato do zagueiro com o Bayern terminou no mês
passado, após quatro anos, e ele chegou a ser cogitado como reforço para a
Lazio, da Itália, caso não fosse preso. Ele não jogava desde uma lesão no
joelho direito, em fevereiro. Sua carreira como jogador de futebol profissional
começou no São Paulo, em 2007, tendo sido vendido para o time alemão no ano
seguinte.
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