Sheik e Diguinho são acusados de compra ilegal de carros de luxo
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra os jogadores Emerson Sheik, do Corinthians, e Diguinho, do Fluminense, suspeitos de envolvimento com uma quadrilha que importava ilegalmente carros de luxo.
A denúncia ocorre depois que a operação Black Ops, da Polícia Federal, localizou um grupo que atuava na importação de veículos de luxo usados de várias marcas e modelos.
Diguinho, do Fluminense, acusado de contrabando de carro de luxo |
A partir de interceptações telefônicas, o Ministério Público identificou a suposta participação de Sheik na compra de uma BMW X6. Ele ainda teria intermediado a compra de outra BMW X6 para Diguinho. À época os dois jogavam no Fluminense.
No Brasil é proibida a importação de carros usados --com exceção daqueles com mais de trinta anos de fabricação e os recebidos por herança, por exemplo.
Se a Justiça aceitar a denúncia, os dois podem ser processados. Eles são acusados de contrabando e lavagem de dinheiro.
Emerson Sheik, do Corinthians, teria participado do esquema |
De acordo com a investigação, o esquema contava com a participação de laranjas e as notas fiscais foram fraudadas. Os veículos também teriam sido comprados em dinheiro para dificultar o rastreamento e facilitar a sonegação fiscal.
O Fluminense disse que não vai comentar o caso, porque ele não teria relação com a atuação dos jogadores no time. O Corinthians não respondeu. A reportagem não conseguiu falar com os jogadores na tarde desta segunda.
INVESTIGAÇÃO
Em outubro de 2011, uma megaoperação da Polícia Federal resultou na prisão de 13 pessoas, entre elas três PMs e um israelense procurado pela Justiça americana sob acusação de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Artistas e jogadores de futebol teriam participado do esquema.
De acordo com as investigações que levaram à operação Black Ops, a quadrilha importava carros usados ilegalmente e vendia como novos, para lavar dinheiro obtido com a exploração do caça-níquel. Os veículos vinham dos Estados Unidos e eram importados ilegalmente.
A operação envolveu escritórios, revendedoras de veículos, comissárias de despacho aduaneiro e residências das pessoas supostamente envolvidas. Houve a apreensão de veículos importados identificados como contrabandeados pelo grupo.
Em diversos processos de importação, não houve o fechamento de câmbio da operação, apontando que o pagamento ao exportador estrangeiro teria se dado por outro meio.
Os membros da máfia israelense integram uma organização conhecida como "Abergil Family" (Clã Albergil), que está envolvida em esquemas ilícitos em diversos países, como agiotagem, prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas, afirma a Polícia Federal.
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