quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fluminense sobra na final e encerra jejum de 19 anos na Taça Guanabara


O Fluminense teve momentos preocupantes na fase de classificação da Taça Guanabara, com derrotas para Boavista e Vasco, além de um empate contra o Duque de Caxias. Conseguiu a vaga na semifinal no sufoco. Mas cresceu na hora da decisão e, após eliminar o Botafogo nos pênaltis, faturou o título do primeiro turno do Campeonato Carioca com a vitória deste domingo por 3 a 1 na revanche diante dos vascaínos, no Estádio Engenhão.
A conquista encerra com um jejum de quase duas décadas e já garante a presença do Tricolor na final do Estadual. O Fluminense não vencia a Taça Guanabara desde 1993 - neste período, obteve o vice-campeonato em quatro oportunidades. Foi o novo título do clube das Laranjeiras no primeiro turno do Campeonato Carioca. Enquanto isso, o Vasco soma a 12ª derrota em finais da Taça Guanabara. Aliás, a equipe de São Januário amarga o maior jejum entre os grandes na competição - não vence desde 2003.
Agora, o Fluminense já está garantido na final que vai apontar o campeão carioca de 2012. Se vencer também a Taça Rio, o time dirigido por Abel Braga ficará com o título estadual sem necessidade de decisão extra. Além de garantir o troféu, o triunfo também quebrou um jejum de 12 jogos sem vencer um clássico regional. Os gols foram marcados por Fred, duas vezes, e Deco. Eduardo Costa foi quem descontou para o Vasco.
O Fluminense fez por merecer a vitória porque atuou com inteligência e velocidade. Deco fez uma ótima partida, ditando o ritmo e colocando seus companheiros de ataque sempre em boas condições. Wellington Nem foi outro nome importante da partida, dando muito trabalho aos zagueiros enquanto Fred mostrou o oportunismo habitual. O Vasco fez uma partida irregular e apenas Juninho tentou organizar a equipe, mas sem sucesso. A derrota quebrou a invencibilidade da equipe cruz-maltina na competição.

O Fluminense começou a partida com uma postura mais ofensiva e, logo aos dois minutos, Wellington Nem avançou pela esquerda, driblou Dedé, entrou na área e bateu para fora, sem levar perigo ao gol de Fernando Prass. O Vasco encontrava dificuldades em trocar passes no campo de ataque por causa da forte marcação imposta pela equipe dirigida por Abel Braga.
Aos cinco minutos, Deco fez excelente passe para Bruno pela direita. O lateral cruzou para Fred e o goleiro Fernando Prass teve que sair de soco para afastar o perigo.
O Vasco conseguiu seu primeiro ataque aos seis minutos, quando Juninho Pernambucano cruzou da esquerda, Anderson hesitou na cabeçada, mas Alecsandro, que não esperava a falha, deixou a bola bater na sua perna e cair nas mãos de Diego Cavalieri.
Os dois times imprimiam um ritmo veloz ao jogo, mas o Fluminense sempre mostrava maior disposição ofensiva. A partir dos dez minutos, o Vasco passou a equilibrar a partida. Aos 11, Dedé ganhou duas divididas e chutou para o gol. Anderson cortou com a mão na entrada da área, mas o árbitro ignorou a infração. Logo depois, Juninho cobrou falta pelo lado esquerdo, e Nilton, livre, cabeceou para fora, perdendo a chance de abrir o marcador.
A resposta tricolor veio em chute de Thiago Neves, que obrigou Fernando Prass a uma defesa difícil, desviando para escanteio. Aos 17 minutos, Wellington Nem penetrou pela esquerda, tentou a conclusão, a bola bateu na zaga, e Nem rolou para Fred, que, pressionado por Rodolfo, chutou para fora.
No Vasco, Juninho começou a subir de produção, caindo pelo lado esquerdo do ataque vascaíno para acionar o lateral Thiago Feltri, que tentava se aproveitar dos avanços de Bruno. Aos 22 minutos, William Barbio driblou Leandro Euzébio e se livrou de Diguinho, mas chutou à esquerda de Cavalieri.
Barbio levava vantagem sobre Carlinhos e criava seguidas dificuldades para a defesa tricolor. Aos 30 minutos, um lançamento de Deco fez Fernando Prass se antecipar para chutar a bola para longe e aliviar o perigo. Três minutos depois, Anderson falhou de forma bisonha, e a bola acabou nos pés de Diego Souza, que mandou a bola na trave defendida por Diego Cavalieri.
Aos 35 minutos, Wellington Nem foi derrubado na área por Fagner. Pênalti que Fred transformou no primeiro gol do Fluminense, chutando no canto esquerdo, enquanto Prass saltava para o lado direito.
O Vasco perdeu a chance de empatar aos 40 minutos, depois que Juninho Pernambucano cobrou falta pela direita, e Diego Souza, na pequena área, cabeceou errado, mandando a bola para fora. Um minuto depois, Deco recebeu a bola na intermediária, percebeu o goleiro Fernando Prass adiantado e mandou por cobertura. O goleiro vascaíno tentou voltar, mas não conseguiu evitar que a bola entrasse no segundo gol tricolor.
Aos 43 minutos, o Fluminense perdeu uma chance incrível de marcar o terceiro gol, quando Thiago Neves desarmou Rodolfo, entrou na área e chutou para fora, no último lance da etapa inicial.
O Vasco voltou sem mudanças para o segundo tempo, mas adiantou a marcação para impedir a livre troca de passes por parte do adversário. Aos sete minutos, Thiago Feltri cruzou da esquerda, Juninho Pernambucano enfiou a cabeça e mandou para fora. No minuto seguinte, Dedé cruzou rasteiro da direita e obrigou Diego Cavalieri a uma defesa difícil. O time comandado por Cristovão continuava pressionando e, aos 10 minutos, foi a vez de Barbio arriscar para defesa segura de Cavalieri.
Aos 11 minutos, o Fluminense marcou o terceiro gol. Depois de boa troca de passes, Thiago Neves descobriu Fred entre os zagueiros e o artilheiro bateu firme para marcar.
Quando a torcida vascaína pedia a entrada de Felipe, o técnico Cristovão Borges surpreendeu e trocou o volante Felipe Bastos por Eduardo Costa, outro especialista em proteger os zagueiros. Aos 17 minutos, com o Vasco todo no ataque, Deco lançou Wellington Nem, que entrou livre na área e driblou Fernando Prass, mas perdeu o ângulo e acabou desarmado pela defesa cruzmaltina.
No minuto seguinte, Juninho Pernambucano fez boa jogada individual e chutou para defesa parcial de Cavalieri. A resposta tricolor veio em conclusão de Thiago Neves, que Fernando Prass defendeu com segurança. Logo depois, Eduardo Costa entrou pela direita, cruzou rasteiro na pequena área e ninguém aproveitou.
Aos 24 minutos, Abel trocou o velocista Wellington nem pelo volante Jean, adiantando Thiago Neves para formar dupla com Fred.

O Vasco seguia com maior posse de bola, mas não conseguia criar jogadas de perigo para a defesa tricolor. O zagueiro Dedé praticamente largou a defesa e foi atuar quase como atacante. Aos 30, o zagueiro aproveitou o cruzamento, mas a bola passou raspando à trave de Fernando Prass.
Na jogada seguinte, o Fluminense desperdiçou a chance de marcar o quarto gol quando Thiago Neves entrou pela esquerda, viu Fernando Prass sair e tentou servir Fred, mas a bola passou pelo atacante.
Cansado, Thiago Neves pediu para sair e foi substituído por Rafael Moura, muito aplaudido. Aos 37 minutos, o Vasco marcou o primeiro gol. Fagner cruzou pela direita, e Eduardo Costa entrou pelo meio da área para marcar. No minuto seguinte, Dedé teve a chance de marcar o segundo, em cabeçada que resvalou na trave. O time de São Januário seguiu pressionando, e Kim bateu cruzado mas a bola desviou. Na cobrança, o Vasco teve duas chances para marcar, mas Diego Cavalieri evitou o segundo gol.
Aos 45 minutos, Rafael Moura fez boa jogada e tentou encobrir Fernando Prass, mas a bola saiu. Logo depois desse lance, o árbitro apitou o final da partida para a grande festa da torcida tricolor.

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