O futebol baiano pode entrar na mídia nacional da forma mais negativa
possível: Denúncia de “mala preta” no Campeonato Baiano da 2ª divisão
deste ano. A denúncia parte do presidente do Camaçari, Fernando Lopes,
prejudicado com o resultado da partida em que seu time venceu o Ipítanga
pelo Placar de 4 a 0. Com esse resultado, a Catuense se classificou
para a fase semifinal, disputou com o Itabuna e subiu para a 1ª divisão.
Um placar acima de 7 gols de diferença daria a vaga ao Camaçari,
eliminando a equipe de Catu. Diante dos fatos, o Tribunal de Justiça
Desportiva da Federação Bahiana de Futebol abriu inquérito para
investigar o caso. O Dr. Luis Valnei, auditor do TJD-BA, está a frente
do inquérito e se pronunciou sobre o assunto nesta segunda-feira (28),
ao ser entrevistado na Rádio Itapoan FM – 97,5: “Estamos em fase de
investigação, de inquérito. Qualquer posição neste momento seria
prematuro, precipitado. Estamos investigando para atestar que a denúncia
feita pelo Camaçari tenha procedência, ou não. Se existem fatos que
remetem a dúvidas, elas devem ser esclarecidas. Vamos analisar com
imparcialidade. Havendo indícios de irregularidade, a procuradoria fará a
denúncia. Não havendo, o caso será arquivado. O Tribunal não vai se
omitir”, decretou o relator. A partida entre Camaçari 4 X 0 Ipitanga,
aconteceu em 29/06/2013, em Alagoinhas e já começou com um atraso de 15
minutos, em virtude do Ipitanga (que nada mais aspirava no campeonato),
ter entrado atrasado em campo, exatamente às 16:12h. Abaixo do placar do
jogo na súmula, há uma observação do árbitro Arilson Bispo da
Anunciação: “Ver item 10 do relatório”. Item 10: “A partida foi
encerrada aos 15 minutos do 2º tempo, em virtude da equipe do Ipitanga
não possuir o número mínimo de atletas suficientes para continuar a
partida, pois só restavam 6 atletas em campo. O Ipitanga se apresentou
para a partida com apenas 10 jogadores titulares e nenhum reserva: - Aos
8 do 1º tempo: o atleta Cassius Clay saiu de campo alegando dores no
joelho. - No intervalo, o atleta Renato Braz Neto ficou no vestiário,
não retornando para o 2º tempo. - Com 1 minuto do 2º tempo, o atleta
José Cícero, deixou a partida alegando torção no tornozelo. - Aos 4
minutos do 2º tempo, o atleta Kayron Bruno da Silva, após dar um chute
na bola, ficou caído em campo alegando dores musculares. O médico Dr.
Belarmino de Melo, CRM 10101, diagnosticou contratura muscular.” O
árbitro Arilson Bispo da Anunciação esperou 10 minutos para que o atleta
se recuperasse, o que não aconteceu. A partida foi encerrada. Vale o
registro: O atleta Renato Braz Neto é filho do presidente do Ipitanga,
Renato Braz e não retornou para o segundo tempo da partida, sem dar
maiores explicações. Outra informação que está sendo investigada é a de
que o médico que atendeu aos jogadores do Ipitanga, Dr. Belarmino de
Melo, teria sido indicado pela Catuense, inclusive tendo trabalhado nos
jogos do clube de Catu durante toda a a competição. A presidente da
catuense, Maria Aparecida Pena, não se manifestou até o momento sobre as
denúncias. Há informações de que ela esteve em Alagoinhas assistindo a
partida entre Camaçari X Ipitanga. Caso haja comprovação de que houve
interferência externa para que os jogadores do Ipitanga caíssem em
campo, a Catuense corre sério risco de perder a vaga na 1ª divisão do
futebol baiano em 2014 e pode ser banida do futebol.
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