A participação de Vagner Love no
horário eleitoral gratuito da vereadora e presidente do Flamengo, Patrícia
Amorim, poderá culminar em punições para a mandatária, dentre as quais, a de um
processo de impeachment ou de exclusão do quadro associativo do clube.
O estatuto do clube proíbe usar o
nome do Flamengo em prol de campanhas políticas ou de interesses pessoais. Como
o atacante tem direitos de imagem pagos pelo clube, Patrícia Amorim poderá ser
enquadrada. No vídeo veiculado na televisão, ela evitou usar a roupa vermelha e
preta, como de costume, e apareceu de azul, numa tentativa de desvincular sua
imagem do clube.
Conforme o artigo 24, capítulo
XIII do estatuto do Flamengo, o sócio, além de outros deveres firmados nas
normas internas, tem por obrigação abster-se de usar ou envolver o nome do
Flamengo em campanha, de qualquer natureza, estranha aos objetivos do clube. As
infrações geradas pela desobediência às regras poderão acarretar em
advertência, suspensão, indenização, perda de mandato, desligamento, eliminação
ou exclusão.
Por ser presidente do clube e
membro do conselho diretor, Patrícia pode ter a penalidade agravada, segundo o
artigo 35, capítulo III, do estatuto.
Alguns conselheiros acreditam
que, caso a mandatária consiga ganhar as eleições em dezembro deste ano no
Flamengo, ela poderá ter o mandato cassado por transgredir as regras do
estatuto. Isso, inclusive, foi denunciado por um grupo e protocolado na 23º
Zona Eleitoral, na quinta-feira.
Internamente, contudo, uma
decisão radical como destituir Patrícia Amorim do cargo de presidente a três
meses das eleições é pouco provável, segundo algumas correntes políticas. Na
propaganda eleitoral, o atacante faz gesto de coração, que ele já usou em
diversos momentos na carreira.
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