Se para o Campinense a partida poderia representar a redenção, com a classificação para próxima fase, numa temporada que não começou tão animadora. Para o Bahia, era um mero ‘amistoso’, um treino de luxo antes do mata-mata da Copa do Nordeste e uma oportunidade para o time reserva mostrar serviço. Já classificado, o técnico Sérgio Soares aproveitou para observar alguns jogadores e testar um novo esquema tático, saindo do 4-3-3 para o tradicional 4-4-2, com 6 da base no time titular. Bola rolando no Estádio Amigão e aos 3 minutos o goleiro Douglas Pires trabalhou pela primeira vez na partida, em cobrança de falta de Jefferson Recife. Aos 7, em chute de Felipe Alves do meio da rua, o arqueiro tricolor operou um verdadeiro milagre tirando a bola com as pontas dos dedos. Depois da pressão inicial, o Bahia acordou na partida e respondeu aos 20 minutos em bela cobrança de falta de Chicão, no rebote Zé Roberto mandou para o fundo das redes, mas foi apontado impedimento. Dois minutos depois, o atacante Zé Roberto recebeu e soltou uma bomba para outra boa defesa do goleiro Gledson. Em um primeiro tempo bastante movimentado e aberto, com boas chances de gol para ambos os lados e muitas faltas, o Campinense começou pressionando e dando trabalho para Douglas Pires, algo normal e previsível, até porque o time paraibano estava ameaçado e precisava do resultado para avançar no torneio regional. O Bahia conseguiu equilibrar a partida, e mesmo sem entrosamento, criou e teve oportunidades de abrir o placar, mas na hora de finalizar não tinha a frieza necessária para concluir. Jogo era franco. Os RESERVAS do Esquadrão querendo impressionar Sérgio Soares e mostrar que merecem vaga no time. Os titulares do Campinense lutando pela classificação. Na segunda etapa, o 'talismã' Zé Roberto quase abriu o placar aos 9 minutos. O atacante recebeu na área, se livrou da marcação, mas finalizou em cima do goleiro perdendo ótima chance. Por ora a vaga era do Campinense, mas aos 17 minutos, com o gol do Coruripe, o time paraibano estava sendo eliminado. Mesmo precisando desesperadamente do triunfo, o Campinense não conseguia furar o ferrolho armado por Sérgio Soares, e quem mandava no jogo era o Bahia. Aos 22 minutos, o meia Tchô chutou forte e Gledson tirou para escanteio. Mas aos 24, o Esquadrão colocou água no chope paraibano. Tchô recebeu na esquerda, cortou o marcador e chutou forte, rasteiro, no cantinho, sem chances para o goleiro. Depois do gol, o Campinense foi para o tudo ou nada, mas se esqueceu que do outro lado tinha um paredão inspirado. Aos 26, o ataque do time paraibano mandou uma bomba, Douglas Pires espalmou, no rebote Felipe Alves mandou de bicicleta por cima do gol. Vai ser difícil tirar a 1 de Douglas. Quando não dá para o goleiro tricolor, a zaga resolve. Em cabeceio após bola cruzada na área, Douglas Pires fica batido no lance, mas Chicão tira em cima da linha impedindo o empate paraibano. O técnico Sérgio Soares resolve mexer, e coloca jovem Luan, de 19 anos, mais da base, na vaga do meia Tchô, autor do gol, deixando 7 jogadores formado no Fazendão em campo. Com os resultados de momento, a Raposa precisava do empate para se classificar, e o time insistia de todo jeito, mas ou parava no goleiro Douglas Pires, ou na falta de pontaria. De tanto insistir, o Campinense conseguiu o gol de empate salvador. No último minuto, último lance, Negretti aproveitou sobra de bola na área e finalizou fraco, o goleiro Douglas numa infelicidade falhou e aceitou o gol. Final de jogo: Campinense (classificado) 1x1 Reservas do Bahia (primeiro do grupo E).
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