A controladora de voo Yaneth Molina, última pessoa a fazer contato com o avião que transportava a equipe da Chapecoense no último dia 29 de novembro, relatou em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que nunca tinha enfrentado uma situação de emergência como aquela em 22 anos de carreira. “Enfrentei situações em que o piloto pede prioridade, o que é diferente. A prioridade supõe que exista um tempo, uma folga para gerenciar as circunstâncias. Em alguns casos, essa prioridade pode se converter em emergência, mas para que isso aconteça, a palavra mundialmente usada é “mayday”, explicou. Ela disse ter seguido “todos os protocolos estabelecidos”, mas não confirmou se o piloto da aeronave da LaMia, Miguel Queiroga, disse as palavras. “Isso quem vai determinar é a investigação”, afirmou. Um relatório preliminar será divulgado pelas autoridades colombianas ainda nesta semana. “Segui todos os procedimentos estabelecidos. Tive total serenidade e tranquilidade para prestar um bom serviço e buscar que todas as aeronaves aterrissassem com sucesso. Lamentavelmente, com o avião da Lamia, não foi o que aconteceu”, garantiu. Yaneth tem sofrido agressões nas redes sociais após o acidente. Apesar da tragédia e dos ataques virtuais, ela diz que não vai deixar o trabalho. “Adoro esse trabalho. É minha paixão”, disse. A controladora de voo mandou uma mensagem aos chapecoenses: “Sou solidária nessa situação tão dolorosa. Agradeço pelo apoio que recebi e espero algum dia visitar Chapecó, acompanhar as famílias, participar de alguma cerimônia religiosa. E que todos estejam seguros de que, pelo controle, tudo foi bem feito”.
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