quinta-feira, 28 de junho de 2012

ROMARINHO SUPERA TRAUMAS DO INÍCIO E VIRA ÍDOLO EM SEMANA DECISIVA

Djalma Vassão/Gazeta Press
Herói do Corinthians no clássico contra o Palmeiras e do jogo de ida da final da Libertadores contra o Boca Juniors, da Argentina, o atacante Romarinho peregrinou pelo estado de São Paulo para se afirmar no futebol e formar uma trajetória semelhante ao ídolo Viola, que estreou no Alvinegro com um gol na final do Paulistão-88 contra o Guarani. Responsável pela descoberta do atleta em Palestina, pequena cidade localizada na região de São José do Rio Preto, Ortiz França diz que o novo integrante do ‘bando de loucos’ teve uma caminhada dura nas categorias de base, inclusive com uma experiência frustrada por um rival do Timão.

Ortiz França considera que a saída de Romarinho do São Paulo teve relação direta com o fim do projeto da base do clube comandado pelo técnico Cilinho, famoso por liderar os Menudos do Morumbi nos anos 80. Portanto, houve até um peso político. “O Cilinho já o conhecia do América de São José do Rio Preto. Quando saiu do São Paulo, o Romarinho foi junto”, emendou o olheiro.

Romarinho foi descoberto por Ortiz França aos 11 anos, justamente em um amistoso em São José do Rio Preto. Antes disso, ele vinha buscando oportunidades desde os cinco anos - deixou a cidade natal pela primeira vez aos sete. Em seguida, foi encaminhado ao América. Depois da passagem de dois anos pelo São Paulo, o atacante passou pelo Rio Preto, mas a distância do clube – 70 quilômetros de Palestina – inviabilizou a continuidade dos treinos. “A família dele não tinha dinheiro para bancar a condução”, explicou França.

Após mais um período de treinos na cidade natal, Romarinho partiu para uma nova experiência. Em 2008, foi aprovado para defender o Rio Branco, onde finalmente obteve uma sequência de jogos e subiu para o grupo profissional.

No entanto, antes do sucesso no Bragantino como revelação do Campeonato Paulista-2012, Romarinho ainda rodou mais um pouco, em passagens por Desportivo Brasil e São Bernardo. Ortiz França recorda que o jogador precisou superar alguns defeitos durante a formação, apesar de nunca duvidar do potencial do corintiano.


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