Enquanto Luiz Felipe Scolari
orienta os treinos dentro de campo, Carlos Alberto Parreira assiste a tudo
recostado numa cadeira, à distância.
Mas o coordenador técnico da seleção
brasileira tem muito mais influência sobre o treinador do que parece.
Juntos pela primeira vez na
carreira, o gaúcho Felipão e o carioca Parreira são inseparáveis nos
bastidores.
Desde o início da preparação para
a Copa das Confederações, os dois estão sempre conversando nos hotéis pelo
Brasil. Nos treinos, eles se separam, mas Parreira trabalha como um
conselheiro.
O técnico do tetra raramente
entra no campo, mas o técnico do penta costuma deixar o gramado para ouvi-lo.
No campo, Felipão continua com a
ajuda de Flávio Murtosa, seu auxiliar há mais de duas décadas.
a imprensa e com os atletas de um
jeito diferente do que eu faço" disse Felipão, fiador da contratação de
Parreira, no fim de 2012.
Em 2002, a CBF tentou forçar
Felipão a trabalhar em dupla com Antônio Lopes, que ocupava a mesma função de
Parreira, mas não deu certo.
O presidente da CBF, José Maria
Marin, escolheu os técnicos que ganharam os últimos Mundiais da seleção para
blindá-la durante a Copa das Confederações --amanhã, o time pega o Uruguai no
Mineirão, pela semifinal.
No início do trabalho da dupla,
cartolas da CBF acreditavam que os dois poderiam não se entender pela diferença
de temperamento. A desconfiança foi superada.
Logo no início da preparação para
a disputa do torneio, Parreira ocupou a função de diplomata da seleção.
Diante de uma crise entre a
comissão técnica e o Bayern de Munique por conta da liberação de Luiz Gustavo e
Dante, o carioca afastou Felipão da polêmica.
Parreira era o único que falava
sobre o assunto. No final, os brasileiros venceram a queda de braço, e os dois
se apresentaram para a disputa do amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã.
Nos últimos dias, Felipão
escancara elogios a Parreira. Na sexta-feira, ele lembrou que a conquista do
tricampeonato completava 43 anos naquela data e pediu aos jornalistas uma salva
de palmas ao carioca, que integrou como preparador físico a comissão técnica de
Zagallo.
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